A um mês da Copa, o que esperar dela?
UOL Esporte
Por Tim Vickery
Se me dessem uma máquina do tempo e a chance de voltar atrás e assistir a uma partida da Copa do Mundo no passado, minha escolha seria muito fácil de fazer: o jogo decisivo da Copa de 1950, o famoso ''Maracanazo'', quando o Uruguai virou o jogo contra o Brasil em pleno
Maracanã e ficou com o título mundial, vencendo aquela final por 2 a 1.
Há várias razões para a minha escolha: uma das principais é pela qualidade do espetáculo. Jornalistas europeus que estiveram no Brasil para cobrir aquele torneio ficaram boquiabertos com o futebol jogado por Zizinho, a estrela da seleção brasileira à época. Eles nunca tinham visto nada assim antes. Junto com ele, tinha o pequeno Jair Rosa Pinto, com seu canhão de pé esquerdo, o centroavante Ademir, rápido e perigoso, e o ''Príncipe'' Danilo Alvim ditando o ritmo do meio-campo. Pelo Uruguai, havia a liderança de Obdulio Varela, o habilidoso ala Ghiggia, a elegância do atacante Schiaffino, e o heroico Maspoli no gol. Em termos de padrão de jogo, é difícil acreditar que até aquele ponto havia tido outro jogo de Copa do Mundo melhor do que esse.